Vamos com alegria. Juntos por um caminho novo”. Este convite, que resume o lema do novo ano pastoral, está bem inspirado naquele convite do salmista peregrino, que cantava a caminho do Templo: “Vamos com alegria para a Casa do Senhor”. É a alegria de caminharmos juntos ao encontro do Senhor. É alegria de celebramos juntos o Dia do Senhor. É a alegria de sermos e de vivermos em comunidade. Este desafio pastoral “Vamos com alegria” traduz-se, também hoje, no Evangelho, no convite do Senhor: “Preparei o meu banquete (…) Vinde às bodas”. E somos todos, todos, todos, convidados para a mesa do Senhor!

Ainda cheira a vinho novo, a vinha e a vindimas, pelo menos nos aromas da Liturgia da Palavra deste Domingo. Pela terceira vez, somos convidados a cuidar desta vinha, à imagem de Deus, que cuida de nós, na esperança dos melhores frutos. Em Roma, os participantes na Assembleia Sinodal procuram cuidar da vinha da igreja, para fazer dela, tal como a vinha da parábola, um lugar vital onde todos encontrem um lugar, uma palavra, um alento de esperança, uma fonte de alegria. Estamos a iniciar um novo ano pastoral, um novo ano de catequese. E somos chamados a cuidar uns dos outros com a ternura de um jardineiro e a paciência de um vinhateiro, como servidores da alegria do Senhor. Por isso, o desafio deste ano pastoral é este: “Vamos com alegria. Juntos por um caminho novo”.

Continuamos, neste Domingo, a escutar o convite do Pai a trabalharmos, como filhos queridos, na Sua vinha. A Vinha do Senhor é não é lugar de tormento, de castigo, mas praça da alegria. A Vinha não é apenas o espaço interior da Igreja, com os seus diversos grupos e movimentos. A Vinha é todo o campo deste mundo, onde os cristãos são chamados a colaborar na edificação do Reino de Deus. Somos chamados a fazê-lo, com a prontidão e a alegria do serviço, com gestos concretos e não com palavra vazias. Porque muitas vezes dizemos sim… mas não agimos em coerência e em consequência, peçamos perdão.

As contas de Jesus, feitas de cor, com o coração, continuam a baralhar a nossa cabeça.Com o trabalho nas vinhas, que não dá tréguas, o desafio do Senhor, na parábola deste domingo, é largar tudo para trabalhar na Sua vinha e responder à hora em que Ele mesmo nos chamar. Ele sai ao nosso encontro, desde manhã cedo ao entardecer, e faz-nos o desafio: «Ide vós também para a minha vinha»! Não seremos os primeiros, mas a surpresa é reservada precisamente para os últimos. Ele recebe-nos e recompensa-nos, não pelo valor dos nossos méritos, mas segundo a grandeza e a bondade do Seu coração! Confiemo-nos então à graça infinita do Seu perdão.

Setenta vezes sete não é uma conta que se faça de cabeça, para definir o teto máximo do perdão. Não. Setenta vezes sete é uma operação, sem lógica, que se faz a partir do coração. De todo o coração. O coração é a porta por onde entra e por onde sai o perdão. Entra pela porta do nosso coração o perdão de Deus em valores elevados ao infinito, que jamais poderíamos saldar. E às vezes – que tristeza – não sai do coração o perdão para o irmão. A Palavra de Deus hoje quer mostrar-nos que estamos todos em dívida para com Deus e para com os irmãos. Por isso, só um grande perdão nos poderá curar e salvar. Recebamo-lo, para o podermos oferecer.

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