Em dia de Domingo, o primeiro da semana, celebramos a Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo. “Estes são os Apóstolos que durante a sua vida na terra plantaram a Igreja com o seu sangue, beberam o cálice do Senhor e tornaram-se amigos de Deus” (Ant. Entrada)! Numa mesma Solenidade, a Igreja celebra o martírio de Pedro, apóstolo e de Paulo, doutor dos gentios. Ambos trabalharam, cada um segundo a sua graça, para formar a única família de Cristo. A Igreja neles alicerçada celebra em festa o dom generoso das suas vidas. E proclama as maravilhas de Deus.
Liturgia e Homilias no XII Domingo Comum C 2025
17 junho 2025Peregrinos de esperança, eis-nos a celebrar a Eucaristia. Jesus, que Se faz nosso Companheiro de viagem, peregrino no meio de nós, convida-nos a esta «pausa» no meio do caminho. Ele faz-se Pão e Vinho, para que façamos d’Ele o nosso Caminho. Durante o Ano jubilar somos desafiados a acolher o dom da indulgência, que brota do coração de Cristo trespassado na Cruz, como de uma nascente, para nos lavar a todos do pecado e da impureza (cf. 1.ª leitura).
Os gestos de Jesus, que toma o pão e o vinho, que bendiz o Pai, que parte e nos reparte o Pão da Vida, são desafio a uma vida tomada pelo Seu amor, a uma vida que se torna um Hino de louvor, a uma Vida que dá tudo e se dá inteiramente pela vida dos outros. A Eucaristia é assim uma escola de bênção. Deus diz bem de nós, seus filhos amados. E nós bendizemos a Deus nas nossas assembleias (cf. Sal 68, 27), reencontrando o gosto do louvor, que liberta e cura o coração. Vimos à Missa com a certeza de ser abençoados pelo Senhor, e sairemos para abençoarmos, para sermos canais de bem no mundo. Preparemo-nos, oferecendo ao Senhor o pouco ou nada que temos, oferecendo o que somos e temos. Confessemos os nossos pecados.
Em Ano Jubilar da Esperança, celebremos o Deus do Amor, do Amor que tudo espera, porque Ele é também o Deus da Esperança: o Deus que nos dá esperança e o Deus a Quem esperamos e de Quem tudo esperamos. Esta esperança, esperança que Deus nos dá e esperança que pomos em Deus não nos engana! Entremos humildemente neste mistério de fé, de esperança e de amor, confessando humildemente a nossa fé e os nossos pecados.
Peregrinos de esperança, percorremos e completámos os 50 dias de Páscoa. Chega hoje à sua plenitude o tempo de Páscoa, com a Solenidade do Pentecostes. De facto, o Dom por excelência da Páscoa do Senhor é o Espírito Santo. O Espírito Santo é o Amor de Deus em Pessoa, é a Pessoa divina do Amor, que une o Pai e o Filho e Se faz Dom em nós e para nós. O Espírito Santo é o Amor do Pai e do Filho, que transborda do mais íntimo do coração de Deus e é comunicado e derramado no mundo, na Igreja, no coração de cada pessoa. E a nós cabe-nos, pela virtude do mesmo Espírito Santo, transbordar de esperança, ser semeadores e cultivadores da esperança, em que somos salvos (cf. 2.ª leitura da vigília Pascal).