A fé professada em Cristo é também fé vivida, na prática do amor. Se, com os lábios e o coração, professamos a Cristo, como Senhor e Messias, também, pela fé, O reconhecemos no rosto dos irmãos. Por isso, no início de um novo ano escolar, laboral e pastoral, a Palavra de Deus vem recordar-nos que “a fé sem obras está completamente morta” (Tg 2,17). Deixemo-nos hoje interpelar pela Palavra de Deus, de modo a respondermos e a correspondermos à fé que professamos, como verdadeiros discípulos missionários de Cristo.
Assembleia reunida em nome de Cristo, aqui viemos, para abrir os nossos ouvidos à Palavra de Deus e para proclamar, de viva voz, os louvores do Senhor.O Evangelho deste domingo desafia-nos a esta abertura dos ouvidos e da boca, da alma e do coração, a Cristo, para que Ele rompa os nossos bloqueios e nos torne servos e testemunhas da alegria do Evangelho.
Depois dos banhos de agosto, deixemos que seja a Palavra de Deus a lavar-nos a alma e a limpar-nos do contágio do mundo. Deixemos que seja Deus a purificar o coração, no encontro com o Seu amor. Pois é do coração que procedem todos os vícios que tornam o homem impuro.
Não é propriamente o discurso da rentrée pastoral, mas é um murro no estômago para quem não digeriu o Pão que Deus amassou e se escandalizou com as duras palavras de Jesus! É bem claro que Jesus não quer discípulos low-cost, a baixo preço. E até aos Doze, aos mais próximos, Jesus provoca com aquela pergunta decisiva: “Também vós quereis ir embora?” (Jo 6,67).
«Vinde comer do meu pão e beber do vinho que vos preparei»! Ao convite do Senhor, que nos chama a participar na Sua mesa e assim a comungar da Sua Vida, nós aqui viemos. Na liberdade do amor, na gratuidade deste encontro. Às vezes, mais arrastados pela força do preceito do que atraídos pelo amor de Cristo. Como verdadeiros discípulos missionários, entremos nesta Casa e nesta Escola do Mestre.
A Assunção de Nossa Senhora é a Páscoa de Maria, é a festa da Sua plena participação na vitória pascal do Seu Filho Jesus Cristo. Maria, sempre unida ao Seu Filho, na vida e até à morte, uma vez concluído o percurso da Sua vida terrena, é associada à glória da Ressurreição do Seu Filho.No contexto destes últimos domingos, em que temos vindo a refletir sobre a identidade do discípulo missionário, aproveitemos este grande dia para contemplar a figura de Maria, primeira discípula missionária de Cristo.
Há caminhar e sair, mas há também parar e estacionar. O discípulo missionário é um peregrino, um caminheiro da fé, que se levanta à chamada do Senhor e segue o Seu caminho. Mas é também alguém que precisa de parar e reparar, de ser fortalecido pelo alimento, para depois recomeçar. A Eucaristia é o pão dos peregrinos, em que somos todos discípulos instruídos pela Palavra de Deus, alimentados pelo Pão vivo que desceu do Céu. Partilhamos esta condição com todos os peregrinos, migrantes e refugiados, que estão no centro da oração e da atenção da Igreja nesta semana que lhes é dedicada.
Não está recesso o pão do passado domingo! O dom do maná, do pão descido do céu, renova-se em cada Eucaristia. Por isso, vimos ao encontro de Jesus. A nossa fome da verdadeira Vida atrai-nos para o Alimento que dura para a vida eterna. Às vezes, esta busca de Jesus é uma procura errante e errada, procurando n’Ele mais um pão para comer do que um sentido para viver. Como discípulos missionários, vamo-nos sentar à mesa da Palavra e esperar, com toda a confiança, no Pão da Vida, que Ele tem para nos dar e transformar.